uma rosa que se apaga
ver-te adormecer
a persiana que filtra a luz da lua mas deixa passar o perfume que têm as coisas
a escuridão que se transcende em palavras mortas
a cada traço um novo horizonte se semeia no vento
como a cidade está só
como a cidade se afunda nos teus braços
este quarto é um retrato vazio numa imensa sala branca
está frio agora
já não me apetece dançar
como a cidade se apaga na dor
como está só aquela rosa
e sentir a minha vocação na seda esquecida dos teus dedos
cidade só
cidade de olhar vago gesto
corpo vazio
de corações nascidos no alinhamento gasto das tuas calçadas
o silêncio agora é puro
ontem não me apeteceu dançar
não há universo poéticos
tudo é dor mal compreendida
foste minha outra vez
amanhã escrevo um poema
8 III 2010
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