O sr. Abílio abriu a porta ao poeta e fez-lhe mil vénias antes do o convidar a entrar
— Passe!
pegou-lhe no chapéu, como se lhe pega-se na mão, e pousou-o na mesa com a delicadeza que só o Álvaro de Campos possui ao fumar
— Sente-se!
mas bateu-lhe com estrondo por trás a porta ao fechar
como que a dizer, ao arrepio da metafísica, com a nova lei no poema nem o Álvaro pode fumar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário