18.3.10

Poetry Rules - Xavier

uma rosa que se apaga
ver-te adormecer
a persiana que filtra a luz da lua mas deixa passar o perfume que têm as coisas
a escuridão que se transcende em palavras mortas
a cada traço um novo horizonte se semeia no vento

como a cidade está só
como a cidade se afunda nos teus braços

este quarto é um retrato vazio numa imensa sala branca

está frio agora
já não me apetece dançar

como a cidade se apaga na dor
como está só aquela rosa

e sentir a minha vocação na seda esquecida dos teus dedos

cidade só
cidade de olhar vago gesto
corpo vazio
de corações nascidos no alinhamento gasto das tuas calçadas

o silêncio agora é puro

ontem não me apeteceu dançar

não há universo poéticos
tudo é dor mal compreendida

foste minha outra vez


amanhã escrevo um poema



8 III 2010

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